1º de Abril, uma data para refletir sobre a liberdade e os rumos da nossa sociedade
01 de abril 2024
Hoje 1° de abril, conhecido simbolicamente como o Dia da Mentira.
Isso foi uma construção narrativa para desmoralizar as religiões pagãs diante
do cristianismo, que era a religião oficial do Império Romano.
Atualmente, 1º de abril também está sobre um véu de
desconstrução de ideias em nome do cristianismo, do autoritarismo e pedindo um
golpe militar.
As narrativas construídas sob uma falsa perspectiva
conservadora na verdade escondem o retorno de conceitos de tempos de barbárie
quase absolutista em nome da religião e da manutenção dos privilégios de
poucos. Esses poucos são a elite plutocrata da sociedade que não querem nenhum
avanço social e querem manter uma segregação social cheia de preconceito racial,
etário, de gênero, econômico e social.
Por trás do conservadorismo vemos a implantação de uma
necropolítica para a população negra e indígena, bem como para as famílias que
não se enquadrem naquilo que esses grupos ditos conservadores chamam de “família
tradicional”.
Quando se trata das relações sociais no mundo do trabalho,
eles querem o fim dos direitos para a Classe Trabalhadora e o retorno das
relações de servidão e escravidão, Querem que as pessoas fiquem submissas a
qualquer tipo de exploração e violência por parte daqueles que estejam com o
status de patrão ou, na visão dos conservadores, daqueles que julgam ser o dono
dos corpos dos que precisam trabalhar para sobreviver.
E desse movimento conservador todo percebemos que não vemos
a defesa do patrimônio histórico e cultural. Ele está somente ao redor daquilo
que pode trazer para a elite conservadora acúmulo de capital político e
econômico.
Em Salvador (BA), anos atrás, tentaram derrubar lei de
proteção do patrimônio histórico e cultural para construir um empreendimento
imobiliário. E isso aparece em qualquer outra cidade do Brasil.
O retorno desses autointitulados “conservadores” na verdade
esconde ideias para a desregulamentação de setores para facilitar a exploração
de terras no espaço urbano e rural, e permitir uma exploração desumanizadora
das pessoas na qual aqueles julgados não serem capazes de gerar “mais valia”
devem ser descartados e eliminados como se fossem lixo.
Por isso, lembrar das atrocidades cometidas entre o 1° de
abril de 1964 até 15 de março de 1985 se faz importante para que as gerações
atual e futura não caiam nesta mesma narrativa e atuem no mundo de uma maneira
que traga mais humanidade e dignidade a todos os seres humanos e, que ao mesmo
tempo, preservem o planeta no qual todos vivemos e muitos outros ainda viverão.
Por
Laurito Porto de Lira Filho, secretário de Formação do Sindicato de Londrina.