Atividades do Dia Nacional de Luta cobram maior atenção à saúde dos bancários

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Conforme definido pelo Comando Nacional dos Bancários, a categoria está mobilizada nesta quarta-feira (24/07), em todo o país no Dia Nacional de Luta por Menos Metas e Mais Saúde, levando em conta a rodada de negociação que ocorrerá na quinta (25), com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para debater cláusulas sobre saúde e condições de trabalho.

As atividades estão sendo realizadas nas redes sociais e nas ruas para divulgar os resultados da pesquisa feita pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) em parceria com a UnB (Universidade de Brasília), demonstrando que a maior parte dos bancários e bancárias sofre algum transtorno causado pelo ambiente tóxico de trabalho promovido pela gestão dos bancos.

Na base do Sindicato de Londrina, dirigentes estão distribuindo material para a categoria com informações sobre assédio moral e as reivindicações da Campanha Nacional 2024 relacionadas à saúde.

Ambiente nocivo

De acordo com a pesquisa da UnB, cerca de 80% dos bancários declararam ter tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Desses, quase metade estava em acompanhamento psiquiátrico no momento em que respondeu o questionário.

Na pergunta “se há presença de um ambiente de cansaço, desgaste, sobrecarga e frustração” no local de trabalho”, 80,5% dos bancários e bancárias assinalaram que sim.

Segundo a secretária de Saúde do Sindicato de Londrina, Eunice Miyamoto, os números de adoecimentos na categoria estão crescendo ano a ano, no entanto, os bancos nada fazem para conter esse problema. “As metas são cada vez mais altas, assim como as cobranças para que estas sejam atingidas. Além disso, tem aumentado o número de clientes para serem atendidos com um menor contingente de bancários e bancárias nas agências. O resultado de tudo isso é o esgotamento físico e mental da categoria, que é submetida a condições de trabalho desumanas”, avalia.

Por Armando Duarte Jr.