Atividades realizadas nesta segunda-feira (22/07) nas redes sociais e nas ruas em diversas cidades do Paraná destacaram o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A data foi instituída pela Lei estadual 19.873/2019 para lembrar a morte da advogada Tatiane Spitzner, de Guarapuava, em 2018, com 29 anos de idade.

Dados do Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios), da Universidade Estadual de Londrina, apontam que o Paraná registrou 69 feminicídios no primeiro semestre de 2024. Se somado aos 99 casos de violência que não resultaram na morte das vítimas, o Estado acumulou 168 ocorrências no período, o que o coloca em segundo lugar no ranking de violência de gênero, ficando atrás apenas de São Paulo. Em todo o País, foram 2007 casos registrados entre 1º de janeiro e 30 de junho, aponta o Lesfem.

Para a diretora do Sindicato de Londrina e secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraná, Eunice Miyamura, acredita que é preciso cobrar mais políticas públicas voltadas para o combate ao feminicídio e a todos os tipos de violência contra a mulher. “A Lei Estadual é importante, porque joga luz sobre esse problema, mas a sociedade precisa se unir em campanhas de enfrentamento a esse mal, conscientizando todos e todas sobre o papel da mulher enquanto mãe, trabalhadora e dona de sua vida para romper com esse ciclo de violência”, defende.

Por Armando Duarte Jr.