Campanha Setembro Amarelo faz um alerta sobre o suicídio
10 de setembro 2024
O Dia 10 de Setembro foi instituído como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e para ampliar o alcance da campanha, neste mês são realizadas diversas atividades e divulgados materiais sobre a necessidade de se conter o alto número de casos de pessoas que tiram a própria vida.
O tema deste ano é “Se precisar, peça ajuda!” para reforçar a importância de quebrar o silêncio de quem está passando por problemas emocionais ou que esteja em um momento de dificuldades.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo mundo, como demonstra o relatório “Suicide Worldwide in 2019”. Naquele ano, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas.
Entre os jovens os dados são ainda mais preocupantes. Na faixa etária de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte, ficando atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. O relatório aponta que a idade média das pessoas que cometem suicídio está cada vez menor.
Felizmente, ações efetivas fizeram com que o número de suicídios no mundo diminuísse, mas nas Américas a taxa subiu 17%, conforme mostram dados de 2019 da OMS.
Saúde mental dos trabalhadores
Com as mudanças ocorridas nas últimas décadas no mundo do trabalho, também cresce o número de suicídios entre trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, a Campanha Setembro Amarelo tem sido direcionada para debater esse problema que afeta diversos setores da sociedade, que vai de médicos a bancários, submetidos a jornada de trabalho extenuantes, pressões constantes, cobranças de metas, entre outros fatores de risco.
De acordo com a secretária de Saúde do Sindicato de Londrina, Eunice Miyamoto, entre a categoria bancária vem crescendo muitos casos de pessoas com sintomas de transtornos mentais, como, por exemplo, a depressão e a ansiedade. “Temos atendido diversos bancários e bancárias que não suportam mais as metas abusivas e as atitudes assediadoras de gestores, transformando o local de trabalho em um verdadeiro inferno”, relata.
Eunice afirma que por conta desse triste cenário, nas negociações da Campanha Nacional 2024 a categoria conseguiu avançar em diversos pontos para combater o assédio moral nos bancos, inclusive com a criação de um canal exclusivo para dar apoio às bancárias e aos bancários que sofrerem violência no local de trabalho. “Estabelecer um ambiente de trabalho saudável nos bancos é uma luta constante do movimento sindical e também estamos de portas abertas para auxiliar a categoria no amparo a situações de depressão e transtornos mentais, dando o encaminhamento correto a cada caso, bem como garantindo o cumprimento dos direitos previstos em Lei para tratamento desse tipo de doença ocupacional”, explica.
Por Armando Duarte Jr. com informações da Fundacentro