COE debate reivindicações específicas com o Bradesco
04 de outubro 2023
A COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco se reuniu com a direção do banco na tarde de terça-feira (3/10), em formato digital, para reivindicar mudanças nas cobranças de metas, um dos principais motivos do adoecimento bancário.
Esta negociação está assegurada pela cláusula 87 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Negociada na Campanha Nacional dos Bancários de 2022, ela determina que o tema metas e as formas de seu acompanhamento pelos bancos deveria ter sido incluído na pauta da primeira reunião de negociações de 2023 com as Comissões de Organização de Empregados.
Na primeira reunião de 2023, o banco informou que o conceito de metas se baseia no planejamento anual, distribuída por região, de acordo com a produtividade de cada uma. A instituição afirmou que a meta é 100% mensal. O movimento sindical informou que é contra a meta individual. “Defendemos que seja semestral e não mensal”, lembrou Magaly Fagundes, coordenadora da COE, que também reivindica metas coletivas e semestrais, além da não alteração das metas, após o início do período de vigência do prazo de cumprimento.
Auxílio Academia
A Comissão também voltou a reivindicar o benefício, mas o banco afirmou que ainda não consegue atender, porém, está estudando a possibilidade. “Relatamos a importância desse tema, visto que se trata de um investimento na saúde do bancário”, explicou Lourival Rodrigues, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.
Ponto eletrônico e Bradesco Financiamento
Na reunião, as partes também voltaram a negociar a renovação dos aditivos de Ponto Eletrônico e do Bradesco Financiamento. O banco apresentou as propostas de texto e o movimento sindical sugeriu mudanças para adequação às novas portarias que regem os temas. O assunto segue na pauta para os próximos encontros.
Plano de Saúde
O movimento sindical relatou as inúmeras reclamações que tem recebido pelo grande número de descredenciamento de médicos, clínicas e hospitais, principalmente em regiões afastadas das grandes cidades e que já têm poucas opções, dos planos de saúde e odontológico.
Uma nova reunião, em formato presencial, deve ser agendada nas próximas semanas para avançar em todas as negociações.
Paraná
O secretário de Administração do Sindicato de Londrina, Valdecir Cenali, que é coordenador da COE estadual junto à Fetec-CUT/PR, participou da reunião com o banco e afirma que os problemas com o plano de saúde/odontológico no Estado são graves e estão sendo levantados em pesquisa com os funcionários e funcionárias. “O número de profissionais e clínicas credenciados no Paraná é muito reduzido, causando transtornos para quem precisa utilizar a assistência. Nos pequenos municípios nem tem médicos atendendo pelo Saúde Bradesco e é preciso se deslocar para cidades maiores para fazer uma consulta, o que gera despesas com transporte e alimentação”, aponta.
Fonte: Contraf-CUT