Educadores do PR aprovam greve contra o fim da escola pública

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28 de maio 2024

Em Assembleia realizada pela APP Sindicato no sábado (25/05), mais de 4 mil educadores e educadoras do Paraná aprovaram deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de junho. A paralisação das atividades é uma resposta da categoria à tentativa do governador Ratinho Jr. de privatizar escolas estaduais.

Na ocasião foi decidido também que a Assembleia se manterá permanente para avaliar a movimentação do governo e a tramitação da proposta de privatização enviada à Alep (Assembleia Legislativa do Estado do Paraná) para que o Comando de Greve defina os próximos passos do movimento.

“Nós precisamos do engajamento nessa frente de luta de todos os professores, professoras, funcionários e funcionárias, independente do contrato. Nós precisamos do engajamento, nessa luta, de pais e mães e de toda a comunidade paranaense, pois é o direito de acesso a uma escola pública de qualidade que está sendo negado”, explica a presidenta da APP, Walkiria Olegário Mazeto.

A decisão de deflagrar greve foi tomada após intenso debate devido à falta de diálogo com o governo sobre pautas importantes para a categoria como: pagamento da Data-Base, que nos últimos 12 meses e a dívida de mais 39% do Estado com os educadores e educadoras e demais servidores e servidoras; o projeto do governo de privatização de 200 escolas e o fim da terceirização do cargo de funcionários de escola.

Fim da escola pública

Atualmente, o governo abriu uma nova linha de ataques com o envio do projeto Parceiros da Escola, proposta que visa a venda de escolas públicas para empresas. Na última terça-feira (22), o governador sentou com deputados e deputadas da base para garantir a tramitação da proposta. O projeto foi enviado na segunda-feira (27) para a Alep.

Em um primeiro momento de luta, a categoria luta para que esse projeto seja retirado da pauta. Caso o projeto seja mantido, a luta será para organizar as comunidades e rejeitar a medida.  Educadores educadoras defendem uma escola pública de qualidade e para todos gratuita, laica e gerida pelo Estado. 

“Este programa do governo é o fim da escola pública e, talvez essa seja a luta das últimas décadas mais importante para nós. Fazemos luta todo ano, defendemos uma escola pública de qualidade todo ano, mas nunca nos deparamos com um projeto que acaba com a escola pública. Se este programa for aprovado e implantado nas escolas, nós vamos, a cada dia, travar uma luta para manter uma escola aberta”, adianta a presidenta da APP. 

Confira o calendário de mobilizações aprovado:

27 de maio – Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero/ Acompanhamento das sessões na ALEP (Curitiba e RM); 

28 de maio – Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero/ Acompanhamento das sessões na ALEP (Curitiba e RM); 

29 de maio – Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero/ Plataforma Zero;

3 de junho – Início da Greve e reunião presencial do Comando Estadual de Greve em Curitiba; 

4 de junho – Ato Estadual em Curitiba com a realização de audiência pública do FES e manifestação durante a sessão na ALEP.

Fonte: APP Sindicato