Trabalhadores do ramo financeiro aprovam propostas para o 14º Concut

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04 de agosto 2023

Dirigentes de todo o país participaram nesta sexta-feira (4/08), em São Paulo, da Plenária Nacional do Ramo Financeiro, com o objetivo de definir as contribuições da categoria para o 14º Concut (Congresso Nacional da CUT), que ocorrerá entre os dias 19 e 22 de outubro na capital paulista. O evento, organizado pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), teve início às 10h, marcado pelo discurso de abertura proferido por representantes da entidade. “O movimento sindical bancário ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores e participa ativamente em todos os estados, na luta da Classe Trabalhadora”, destacou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira. “Nossa Plenária aconteceu em um momento em que também está acontecendo a Conferência Nacional, e ambos os fóruns são para debater as pautas importantes da reconstrução do Brasil e para os bancários e bancárias”, pontuou o secretário-geral da Contraf, Gustavo Tabatinga. “Nós vencemos o Bolsonaro, mas ainda não vencemos o bolsonarismo. Portanto ainda temos muito trabalho, debates importantes que precisam acontecer para enfrentar os ataques da extrema direita e para avançar nas pautas da Classe Trabalhadora”, acrescentou a anfitriã da plenária, Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Discutir as questões do sistema financeiro é fundamental para o país. Temos uma organização forte, [como Sindicato cutista] e precisamos ampliar a representação para muitos colegas que estão no sistema financeiro, que saem dos bancos e estão em empresas do sistema financeiro que agem de todas as formas para que os trabalhadores não tenham representação sindical forte”, ponderou o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, que também é presidente do Sindicato de Campinas e Região, Lourival Rodrigues. “A nossa atuação foi importante para eleger Lula, evitar um segundo mandato Bolsonaro. Mas precisamos continuar, melhorar a nossa correlação de forças, inclusive no Congresso Nacional, para avançar nas pautas dos trabalhadores, em pautas que perdemos nos últimos anos, com reforma trabalhista, reforma previdenciária e desmonte do Ministério do Trabalho”, concluiu o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. Veja aqui a galeria de imagens da Plenária Nacional do Ramo Financeiro Propostas da Plenária As propostas debatidas e aprovadas pelos participantes, delegados e delegadas das bases filiadas da Contraf-CUT, foram relacionadas:
  • Ao fortalecimento da Classe Trabalhadora
  • Ao combate da violência contra a mulher
  • À promoção da igualdade salarial
  • À promoção da juventude
  • À inclusão da juventude no mercado de trabalho e nas organizações sindicais
  • Respeito à diversidade
  • E combate ao racismo
Entre os desafios do cenário atual, que foram ressaltados durante a discussão das propostas, estão a ampliação de jovens no movimento sindical e superação dos desafios impostos no mercado de trabalho pelo racismo estrutural. “Alguns eixos prementes, para a juventude e que destacamos na plenária, são avançar em discussões que são de interesse dos jovens, na atualidade, como meio ambiente, questão de gênero e tecnologia”, destacou secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bia Garbelini. Em relação às políticas antirracismo, o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, lembrou que as políticas de promoção à igualdade, estabelecidas nos governos passados de Lula e Dilma, sofreram desmonte, em especial, na gestão Bolsonaro, quando ocorreu, inclusive, estímulo ao racismo. “A responsabilidade do movimento sindical bancário é buscar uma sociedade justa e igualitária, que extrapola as fronteiras das reivindicações trabalhistas, uma vez que a realidade de violência impacta, invariavelmente, no mundo do trabalho”, observou. A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, destacou que, diante dos vários desafios para igualdade de gênero ser alcançada no mercado de trabalho brasileiro, onde as mulheres ainda recebem cerca de 20% menos que os homens, mesmo que, em média, tenham maior grau de escolaridade, o movimento sindical tem papel fundamental no acompanhamento e implementação da Lei da Igualdade Salarial (nº 14.611/2023), de iniciativa do governo Lula e aprovada pelo Congresso Nacional. Outra questão, apontada como “importantíssima” pela presidenta da Contraf-CUT, que foi incluída nas propostas da Plenária, é a participação dos trabalhadores em torno do processo de transição econômica que destrói o meio ambiente para uma economia sustentável. “Nessa questão, temos que incluir o combate à desigualdade”, completou Juvandia Moreira. Sobre o 14º Concut O 14° Concut será realizado entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo, quando também acontecerá a celebração dos 40 anos da CUT. O tema deste ano é “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”. “É um momento histórico em que passado e presente se encontram apontando para o importante papel que a CUT precisa desempenhar no processo de organização da Classe Trabalhadora e de reconstrução do país”, diz a entidade em nota, se referindo a atuação das entidades sindicais no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Desta forma, todo o processo de Congresso deve espelhar e fazer jus à importância da CUT para os trabalhadores e trabalhadoras e para o Brasil, tanto em número de delegadas e delegados, como também na qualidade das discussões e proposições que devemos apresentar, debater e aprovar. Um Congresso massivo e organizado demonstrará a pujança da CUT para a sociedade, os movimentos sociais e a esquerda em geral”, completa a entidade. Fonte: Contraf-CUT